"Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes."
Paulo Freire

A chapa Revolução dos Bixos, com o firme apoio de alguns veteranos, se pauta por um debate propositivo, com a intenção de dialogar abertamente com todos, de maneira ampla e livre.
Entendemos o C.A. como entidade de representação de TODOS os estudantes do curso (com planos e ideologias diversas). Nosso propósito é que cada um, com suas diferenças, idéias e limitações se sinta representado, podendo agregar, de maneira democrática e tolerante, na construção e fortalecimento do Centro Acadêmico Herbert de Souza e, conseqüentemente, na maior valorização do curso e da relevância do gestor de políticas públicas na nossa sociedade.
Contamos com a sua voz e ajuda!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nota pública sobre o e-mail que vazou

A chapa "Revolução dos Bixos" foi informada sobre a existência de um e-mail que apresenta uma solicitação de apoio e intermédio de outros para o DCE. Esse pedido partiu do coletivo "Viramundo Parandá". Não é possível avaliar se foi um ato de um membro isolado ou se foi uma ação coletiva, mas este mérito não importa a Revolução.

O que importa é o atrelamento e o possível aparelhamento que nosso C.A. pode sofrer caso tal coletivo seja eleito. Além disso, o e-mail informa que entre o coletivo duas pessoas não são independentes, contradizendo todas as apresentações da chapa em momentos anteriores, onde era informado que todos eram independentes.

Por conta das questões acima apresentadas, a Revolução reafirma publicamente sua independência defendendo um movimento estudantil amplo, de luta e que constrói todas as pautas, desde as locais e específicas as nacionais e generalistas, com o conjunto dos estudantes e a partir do diálogo com os movimentos sociais.

E entende que o fato de ser partidarizado ou militar em algum outro movimento é um direito de qualquer cidadão e cidadã deste país.

Por conta disso, gostaríamos de um posicionamento público do Coletivo "Viramundo Parandá" sobre tais questões.

Prestação de Contas

A Revolução dos Bixos, conforme o prometido, divulga hoje seus gastos eleitorais.
O custo dos folhetos foi quarenta e cinco reais, como consta na nota fiscal abaixo, e foi pago pelos próprios integrantes da chapa.
Quanto aos cartazes não tivemos gastos, pois os crafts foram uma doação do César, membro do grupo, e as tintas utilizadas para pintá-los da Júlia, também integrante da chapa.
Em nossa campanha foi utilizado somente estes dois artifícios.
Ressaltamos que a transparência é tema de fundamental importância para chapa e a prestação de contas mensal do C.A. é uma das nossas principais propostas.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Apoiadores:

Nicolle Verillo - 1º ano
André Belote - 2º ano
Felipe Gueratto - 4º ano
Jorge Casseb - 4º ano
Kássia Bobadilla - 4º ano
Bernardo Fuldauer - 5º ano
Bruno Lopes Correia - 5º ano
David - 5º ano
Rodrigo Luppi - 5º ano
Wilson (Júnior) - 5º ano
Caio Baccini (Frejat) - 6º ano
Jony Rodrigues - 6º ano

domingo, 9 de maio de 2010

Carta-Programa


Um pouco de nós...

Pedimos a todos e todas que leram esta obra e também ao autor George Orwell uma licença poética para parafrasear seu nome. Pedimos também licença aos (as) estudantes da EACH e, principalmente, os (as) estudantes de Gestão de Políticas Públicas para nos apresentar:

Somos um grupo formado majoritariamente por bixos e bixetes que, ao ver o modo como as coisas acontecem em nosso curso, se indignou. Se indignou com o marasmo, com o ceticismo, com o imobilismo, com a desarticulação e com alguns fatos e atitudes. Dessa indignação surgiu uma vontade de mudar, de inovar, de construir, de revolucionar juntamente com veteranos que compartilham da mesma visão. Iremos disputar mais que o Centro Acadêmico Herbert de Souza, iremos disputar mentes e corações. Mas, desde já deixamos claro uma coisa: a disputa do CA não é um fim em si mesmo. Vale explicar também que a Revolução dos Bixos não é um movimento sectário em relação aos estudantes e sim uma nova concepção de participação estudantil. A partir desse movimento desejamos construir uma nova cultura política rompendo com velhas práticas. Iremos continuar nos articulando, discutindo e construindo estando ou não na direção do CA.

Além disso, o que nos une também é compartilharmos diversos pontos de vista, idéias e ideais. Conseguimos também identificar uma série de questões que acreditamos ser de suma importância para o debate entre os (as) estudantes, dentre eles a Universidade e seu Tripé (Ensino, Pesquisa e Extensão), o Movimento Estudantil e a Representação Discente, Acesso e Permanência, a EACH e nosso curso.

Agradecemos a todos e todas pela atenção e desejamos uma boa leitura.



Universidade e seu Tripé (Ensino, Pesquisa e Extensão)

Somos estudantes de uma das melhores Universidades do país, para não dizer da América Latina. Mas em qual perspectiva que a USP é a melhor? Será que cumpre de fato seu papel social? Será que atende as demandas da sociedade?

A Universidade, de modo geral, tem como papel central ser um espaço de reflexão, formação e desenvolvimento de pesquisas, tudo voltado para a sociedade. Mais que isso, tem o dever de atender os princípios indissociáveis do tripé, que são Ensino, Pesquisa e Extensão.

A USP, em uma avaliação mais superficial, é referência internacional em diversas áreas, principalmente por desenvolver pesquisas de excelência nos ramos mais avançados das ciências e, também, por possuir um quadro docente e discente altamente qualificado e crítico. O problema que se apresenta é que a avaliação docente se pauta de maneira meritocrática e focada exclusivamente no desenvolvimento de pesquisas e não na questão do ensino e na qualidade das aulas.

A questão do ensino hoje, para muitos docentes, fica em segundo plano. Além disso, a elaboração das grades dos cursos, em muitos momentos, atende mais aos interesses do mercado em detrimento de uma formação mais ampla e voltada para a academia. As pesquisas também passam pelo mesmo problema: os interesses privados se colocam acima dos interesses sociais que deveriam pautar as pesquisas, principalmente por se tratar de uma Universidade Pública.

Com relação a extensão, vemos aí mais um grande problema. Os muros da Universidade parecem muito maiores do que a necessidade de uma relação mais aberta de troca de conhecimento e de experiências. A extensão vem se pautando por ser um espaço muitas vezes verticalizado e onde não acontece uma troca e, sim, um espaço aonde a sociedade só tem a aprender com a Universidade e nada tem a acrescentar, o que é um grande equivoco.

Baseados nessa avaliação, temos a compreensão de que nossa Universidade não cumpre, de maneira efetiva e correta, seu papel social. O que melhor exemplifica essa questão é o fato de que quem não é da comunidade acadêmica tem muita dificuldade e passa por algum constrangimento só para poder adentrar o espaço físico da USP, demonstrando uma total falta de democracia e de estar “fechada para a sociedade”.



O Movimento Estudantil e a Representação Discente

Antes de colocarmos a discussão sobre o Movimento Estudantil e a Representação Discente de nosso curso, acreditamos que é melhor olhar uma forma mais generalista para compreender a estrutura do ME, suas lutas e seu papel. Além, é claro, de discutir a questão dos RDs.

O ME é um movimento social que tem o papel de defender os direitos dos estudantes, se articulando internamente no seu curso, através do CA, na sua Universidade, através do DCE, estadualmente, através das Uniões Estaduais dos Estudantes e, nacionalmente, através da União Nacional dos Estudantes.

Essa articulação interna e externa garante uma troca maior de informações, experiências e de apoio em diversos momentos onde os direitos dos estudantes são atacados tanto pelas Reitorias, quanto pelo próprio Governo, como no nosso caso.

O ME na USP apresenta uma série de questões e de contradições muito grandes. A desarticulação interna, a dificuldade do DCE de atuar em todas as unidades, as disputas de posição e as demarcações dos grupos políticos e a falta de ação dos estudantes, num modo geral.

A prática e a lógica do ME reflete as ações e a cultura política mais geral. Precisamos mudar esse cenário, através de muito diálogo, de mais democracia e da disposição de ouvir e ser ouvido, de tentar construir ações e pautas conjuntamente e de formular mais, visando uma atuação de maior unidade. Não somos contra partidos ou estudantes que possuem filiações partidárias, mas não toleraremos qualquer tipo de aparelhamento da entidade estudantil por partidos, afinal nosso intuito é fortalecer o CA e o curso, através de pautas construídas pelo conjunto dos estudantes.

Com relação a Representação Discente (RD), temos que compreender a necessidade de uma atuação mais próxima a do CA, visto que são atuações complementares e que também é um espaço de defesa dos direitos e dos interesses estudantis, através da CoC. A rede construída pelo ME também auxilia na atuação dos RDs, visto que provém de um acumulo coletivo e de experiências já vivenciadas em outros espaços.

Os RDs são fundamentais para conquistas dos estudantes e para a melhora de nosso curso e de nossa Universidade. Portanto, é fundamental que as ações e que os próprios representantes atuem de forma incisiva e articulada, baseada em muito dialogo com os estudantes.



Acesso e Permanência

A questão de Acesso e Permanência na USP é um dos debates mais importantes. Mais importantes porque ajudam a delinear com mais clareza quais são as reais intenções de nossa Universidade.

O debate sobre o acesso perpassa a discussão do vestibular, das cotas e, conseqüentemente, da democracia. Do vestibular, porque se trata de mais um mecanismo de avaliação meritocrática, de ser uma barreira socioeconômica, e de exclusão de parte da sociedade que não teve condições de acessar uma educação de maior qualidade no ensino médio, fundamental e básico, visto que o ensino público não prepara os estudantes com a mesma qualidade que o ensino privado. Das cotas, na perspectiva de incluir parte da população que sempre foi excluída historicamente, como os negros e negras, e também da população de baixa renda que, como apresentado no ponto anterior, não tiveram condições de acessar uma educação de qualidade. E, por fim, da democracia, pois a Universidade não será democrática de fato se não incluir de forma mais justa e igualitária todos os setores da sociedade.

A permanência estudantil é outra questão fundamental. É necessário que a Universidade implemente políticas que garantam aos estudantes condições de estudar e de se manter com mais autonomia e efetividade. Questões como moradia estudantil, cotas de impressão, alimentação e bolsas são tratados como benesses e como ações de boa vontade da Reitoria mas, na verdade, são um direito dos estudantes. Sabemos que a USP tem condições de investir mais nessas ações, porém outros interesses prevalecem sobre a necessidade de investir em estrutura para que todos e todas possam viver as experiências que a Universidade oferece.



EACH

Somos estudantes da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, que fica na Zona Leste da cidade de São Paulo. Zona essa que é a mais populosa da cidade e que demanda mais de políticas públicas. Nossa unidade veio para atender o anseio e a necessidade da população dessa região por uma Universidade Pública. Mas será que ela cumpre realmente com esse papel e atende às expectativas da comunidade? Cabe a nós, estudantes, construirmos coletivamente as respostas para essa pergunta e trazermos a Zona Leste também para dentro da EACH.


Propostas

- Reformular o Estatuto e regularizar o C.A. Herbert de Souza.

- Avaliação dos Docentes.

- Integração do curso de Gestão de Políticas Públicas com os diversos órgãos públicos da cidade do Estado de São Paulo e da União.

- Parcerias externas com Institutos que oferecem cursos de formação e educação política.

- Trabalhos de divulgação do Curso de Gestão de Políticas Públicas entre os alunos da rede pública e privada.

- Abrir a discussão sobre a Empresa Júnior.

- Abrir a discussão sobre a possível reorganização da Atlética.

- Analisar o processo licitatório de uma nova lanchonete.

- Reinvindicar médico e ambulância em tempo integral na EACH.

- Lutar pelo espaço físico dos Estudantes.

- Fortalecer os meios de comunicação entre o C.A e os alunos no formato de blog, mural e visita mensal dos membros do C.A às salas de aula.

- Prestação de Contas mensal (pelo sítio eletrônico, orkut, twitter, e murais da EACH)

- Prospecção e divulgação de estágios.

- Prospecção e divulgação de disciplinas optativas de outros campi.

- Criação de posto de trocas, Banco de Textos e quadro de avisos “Grita GPP!”.

- Cine GPP! (A volta)

- Reformular o conceito de semana de GPP para o próximo ano com inovações e uma nova abordagem.

- Promover eventos culturais e de integração entre os alunos da USP (festas, festivais, debates e palestras).

"Ás vezes os fatos não mudam, mas a mudança de pensamentos sobre a realidade traz mudança de atitudes diante dos fatos. A revolução interior de cada um, quando somada com a união do coletivo, se reflete na quebra de paradigmas e na construção de um diferente e novo panorama. É um eterno processo baseado na tentativa e erro, onde se mudam os protagonistas a fim de (trans)formar realidades ." Ana Caroline Garcia